É um equívoco muito grande achar que a solução do Brasil
passa pelo conserto do modal rodoviário brasileiro sem conhecer que o
transporte sobre trilhos custa menos que o transporte sobre pneus e tampouco entender
porque o Brasil chegou na atual sinuca-de-bico do custo do transporte.
Primeiro devemos reconhecer no ilustre Dom Pedro II e nos
seus barões Petrópolis e Mauá o mérito pela instalação das primeiras ferrovias
nos idos de 1854 e de atingir a marca de terceira maior malha ferroviária do
mundo em 1880.
Com a Proclamação da República iniciamos o período de
derrocada do sistema ferroviário já em 1921 com a interferência negativa de
Washington Luís e sua loucura de trazer a Ford Motor Company ao Brasil
supostamente com vantagens pessoais.
Em seguida a crise de 1929 nocauteou novamente a malha ferroviária
de modo significativo que cambaleou até o final da década de 1950 quando
finalmente o então governador do Estado de São Paulo Carvalho Pinto determinou
a desativação de ramais possivelmente para estimular de modo suspeito a instalação
das fabricas da Wolkswagem em São Bernardo, da Mercedes Benz caminhões em
Campinas e da General Motors em São Caetano, tudo sob o véu negro dos negócios escusos.
Estava criado o problema do custo Brasil.